Mais do que sílabas bem pronunciadas. Chamas que não ardiam estavam refletidas no primeiro lago que apreciara. Do outro lado, um jardim, um balanço a voar. A magia era desconhecida, eram apenas gravetos que giravam no ar fantasticamente, como crepúsculos alegres de um amanhecer. Um sonho quase impossível, invisível como o ar.
▪ No verão apreciava lírios. No inverno, a neve. Aprendeu que nada era mais poderoso — nem mesmo uma maldição de morte — do que o amor.Estava longe de aprender a ser fria. Quem olhasse em seus olhos encontraria a paz eterna. Eram diferentes, jóias em sua face de porcelana.
▪ Ódios e tormentos... Sentimentos amargos, nunca ia querer experimentá-los. Ansiava por experimentar um doce sentimento. Almejava pela indiferença.Era mais do que uma bela juventude, era viver um conto de fadas.
▪ Viveu, sonhou, lutou pela liberdade... Devaneios eram frutos de uma fantasia distante. Sim, ela conheceu fadas, e foram elas que a ensinaram a sonhar, a acreditar em contos e a lidar com a doçura e amargura.Era de seu costume recitar poemas ao vento. Fazia de seu coração traços que queria varrer.
▪ Contemplava lagos, mudos e ao mesmo tempo tremeluzentes. Tinha tantas histórias para lhes contar, tantos poemas para recitar... Mas tinha medo de despertá-los. As águas adormecidas pareciam ignorar suas lágrimas... Eram freqüentes as tentativas para persuadi-los.Era apenas uma boneca de porcelana, ou talvez uma criança aprendendo a sonhar. Alguém que, obviamente, só presenciou rosas e lírios em seu jardim, que nunca viu espinhos ou lágrimas. Tudo era apenas sorriso; nunca esperou a morte. Guardou esses álbuns até o fim.
2 comentários:
lindoooooo
...Sua alma...é como seu coração...os dois trabalham com harmonia....assim como o leve soar de seus dedos e pensamentos...
Postar um comentário