sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Canções.





O ritmo das canções que fluem no ar contornam meu coração, fazendo-as poesias eternas que refletirão o brilho dos meus olhos.
Entre as páginas da minha vida contemplo fotos; elas são cinzas e é visível a escuridão do céu naquele jardim solitário. Apesar dessa realidade sinto que queimaduras de um retrato não me deformarão, pois o ritmo daquele fogo é o mesmo que a minha canção.
O álbum que tenho em minhas mãos apresenta cada semente que plantei e deixei de plantar. Estou pronta para partir em profundezas. A água não é mais pura por causa do envenenamento que minhas lágrimas causaram, porém, novamente cristalina com meus sorrisos.
As mechas que me caem pelo rosto, tão vermelhas quanto o sangue que corre em minhas veias, agora se reflete na parte rachada de um espelho que minha dor deixou para mim; manchado por minhas lágrimas e rachado pela intensidade de minha dor.
Sinto em admitir a mim mesma que lágrimas não apagam o passado. A magia que me envolverá será eterna, e que assim comece dês de já.
Que aranhas não passem a tecer minha vida. Que a chuva não alague meus sonhos e que raios não me atinjam. Cheguem a mim como chegam as flores, intactas. Que o dourado brilho do sol esteja comigo nessa aventura.

Um comentário:

Beatrice P. disse...

amei!!
lindo mesmo!
você escreve como uma verdadeira escritora! *-*